terça-feira, 21 de outubro de 2014

Ébola: o que é, como se transmite e como prevenir - Fonte DECO - Notícias da Teste Saúde

Ébola: o que é, como se transmite e como prevenir



 
Com o primeiro caso confirmado em Espanha, a Direção-Geral da Saúde está a reanalisar as normas de segurança biológica com os hospitais, o INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica -, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e os serviços de saúde das Forças Armadas.
 
O surto de ébola na África Ocidental levou a Organização Mundial de Saúde a decretar o estado de emergência de saúde pública internacional. No nosso país, o risco de contágio é baixo e estão assegurados os mecanismos de resposta. Devido ao caso detetado em Espanha, a Direção-Geral da Saúde (DGS) está a rever as normas de segurança biológica. Entretanto, criou uma plataforma que visa detetar precocemente casos importados, impedir ou minimizar a ocorrência de outras situações, bem como criar um plano de resposta e de contingência.
A DGS afirma que, até agora, não há registo de casos em Portugal e o perigo de contágio é baixo na ausência de contacto direto com fluidos corporais. De qualquer forma, estão garantidos os mecanismos para detetar, investigar, confirmar laboratorialmente e gerir os casos suspeitos. As respostas estão articuladas com outros parceiros, como as autoridades aeroportuárias e portuárias. Se tem sintomas semelhantes aos da doença ou contactou com alguém infetado, ligue primeiro para a Linha de Saúde (808 24 24 24), que está preparada para responder às dúvidas, aconselhar e encaminhar cada caso. Há um dispositivo de coordenação pronto a mobilizar os recursos adequados.
Transmissão e sintomas de uma doença sem cura
A infeção com o vírus do ébola resulta do contacto direto com fluidos corporais dos doentes (saliva, transpiração, sangue, urina, fezes, vómito e sémen). Tocar em materiais usados para tratá-los (como luvas de látex ou agulhas) ou nas suas roupas também implica risco de contágio. Se uma pessoa estiver infetada mas não desenvolver os sintomas, não representa perigo de transmissão. Está também excluída a propagação pelo ar, pela comida ou pela água. A doença tem um período de incubação que varia entre 2 e 21 dias. A transmissão por via sexual pode ocorrer até 7 semanas após a recuperação clínica.
Ainda não há solução para o vírus do ébola. Após os primeiros sintomas (febre alta de início súbito, dores e fraqueza), segue-se uma fase de diarreia, vómitos, erupção cutânea e insuficiência dos rins e do fígado. Nalguns casos, podem desenvolver-se hemorragias internas e externas (não relacionadas com traumatismos). Mas a maioria dos pacientes morre devido ao choque provocado pela pressão arterial baixa. Em situações de surto, a taxa de mortalidade de pessoas infetadas chega aos 90 por cento. Os tratamentos possíveis são de suporte e passam pela hidratação do doente, pela manutenção dos níveis de oxigénio, pelo controlo da pressão arterial e por tratar as complicações da infeção. Existem medicamentos experimentais, que ainda não foram sujeitos aos ensaios clínicos protocolares, pelo que a sua utilização levanta reticências. Mas a gravidade do atual surto levou a OMS a considerar ético o recurso a esses tratamentos.
Não estão interditas as viagens para as áreas atingidas (Guiné-Conacri, Serra Leoa, Libéria e Nigéria) e o comércio é permitido. Mas os cidadãos são aconselhados a fazê-lo apenas em situações essenciais. Se é o seu caso, siga os conselhos da DGS.
  • Cumpra as regras de higiene básicas indicadas pelas autoridades de saúde locais. A principal é lavar as mãos com frequência, pois o vírus é facilmente eliminado pela ação do sabão, da lixívia, da secagem ou da luz solar (sobrevive pouco tempo em superfícies expostas ao sol).
  • Evite estar próximo de pessoas com suspeita ou confirmação da doença. A regra também se aplica aos cadáveres, antes e durante as cerimónias fúnebres.
  • Não mexa em nenhum material ou objeto usado no tratamento dos doentes.
  • Não contacte com animais selvagens, vivos ou mortos (macacos, morcegos, antílopes, entre outros), nem consuma a sua carne.
  • Cozinhe muito bem os alimentos de origem animal (carne e leite) antes de os consumir. A refrigeração e a congelação não inativam o vírus.
  • Procure imediatamente um médico se tiver algum dos sintomas da doença.
  • Durante a viagem (aérea ou marítima), informe a tripulação se sentir algum sintoma.
  • Vigie o seu estado de saúde nos 21 dias após a entrada em Portugal. Informe a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) se apresentar algum indício da doença ou em caso de contacto direto com algum doente sem proteção adequada. Relate a viagem recente e descreva a sintomatologia.
 
 
 Fonte: DECO - Notícias da Teste Saúde
 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Muito obrigado pelo seu comentário, que vai ser submetido à apreciação do Clube, para posterior publicação.