Dar sangue para salvar vidas
No passado sábado, 8 de março, o salão polivalente dos Bombeiros Voluntários da Trofa recebeu mais uma colheita de sangue promovida pelo Lions Clube da Trofa, desta vez com o Rotaract Club da Trofa a associar-se à organização. Além da colheita de sangue, a iniciativa promoveu também aconselhamento nutricional e rastreio visual aos interessados.
Uma colheita com saldo mais positivo que as anteriores, mas mesmo assim o sangue continua a faltar nos hospitais. Daí a urgência deste tipo de iniciativas, considera Fernanda Costa, vice-presidente do Lions Clube da Trofa. "O sangue é uma das poucas coisas que ainda não se consegue fabricar. Há muitas operações que são adiadas porque não há sangue suficiente, alerta a responsável pelo Lions trofense. Os dadores novos compareceram em peso quando comparado com anteriores edições. "Mais de uma dúzia", avança Fernanda Costa. E até dádivas multigeracionais: "percebe-se que houve pais a trazer os filhos, que é importante para transmitir este hábito de dar sangue", acrescenta.
Para Alberto Fonseca, presidente do Rotaract Club da Trofa, organizar uma ação em conjunto com o Lions da Trofa já era uma ideia antiga. "Fazia todo o sentido fazermos algo juntos", considera. "Considerando as baixas reservas de sangue que existem no país neste momento, achamos que era oportuno associarmo-nos a esta iniciativa". Dar também é receber, e por isso "quem dá um pouco de si também tem direito a receber, e por isso disponibilizamos também o aconselhamento nutricional e o rastreio visual". No que diz respeito à adesão, Alberto Fonseca mostra-se satisfeito e confessa que o número de pessoas que compareceram nesta ação conjunta do Lions e Rotaract surpreendeu pela positiva. "Não estava à espera. Houve muito mais gente a dar sangue e nos rastreios que estamos a fazer só não fazemos mais porque não podemos, já está muita gente à espera", confessa o presidente do Rotaract trofense.
Uma das pessoas a fazer aconselhamento nutricional era Vítor Pinheiro. "Já vi os valores e dizem-me que estou bem", confessa. "Eu já vim aqui dar sangue duas ou três vezes e é a primeira vez que vejo isto assim, com a possibilidade de fazer aconselhamento nutricional e rastreios à visão", confessa. "Devia ser sempre assim", conclui Vítor Pinheiro.
O rastreio visual foi feito por Jaime Oculista. Já as consultas de aconselhamento nutricional estiveram a cargo de Ricardo Luz, finalista da Faculdade de Nutrição do Porto.
Dar sangue pela primeira vez não custa
"Sempre foi uma coisa que quis fazer", confessa João Ferreira, que foi ao polivalente dos bombeiros trofenses dar sangue pela primeira vez. "Acho que é uma dádiva importante que faço para as pessoas que mais necessitam. Acho que é importante porque há operações que se realizam e que dependem muito deste tipo de iniciativas. É muito importante colaborarmos", acrescenta João Ferreira. Ciente dessa importância estava Luís Dias, dador de sangue desde 1989. Dador experiente e que tem na cabeça o número exato de vezes que já foi dar sangue. Nada mais nada menos que 74. Portanto, mais ou menos 3 vezes por ano desde que começou. "Acho que é importante porque há mesmo quem precisa. Sejam operações de rotina ou até mesmo acidentes graves em que o sangue é preciso com muita urgência. A nossa ciência ainda não consegue produzir sangue artificialmente e há vidas que dependem de nós". E não deixa escapar o humor: "Uma vez que ainda não se paga imposto para dar sangue, acho que as pessoas devem dar. E mesmo a juventude tem aderido, tenho notado isso e cada vez há mais pessoas a dar sangue", acrescenta. Um acréscimo ao qual não é alheio o "boca a boca". "É muito importante sensibilizar as pessoas e passar a mensagem", diz Luís Dias. E termina com uma mensagem: "há pessoas com receio, não estão informadas que podem dar sem problema nenhum e do bem que fazem à humanidade. É necessário divulgar mais. Não custa nada e estão a salvar vidas".
In Correio da Trofa
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